quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal2008


INTERPRETAÇÃO MÍSTICA DO NATAL

INTERPRETAÇÃO MÍSTICA DO NATAL
Por: Juarez de F. Prestupa

Esoterismo diz que a festa de Natal é anterior a Jesus Cristo

Estudos esotéricos indicam que as origens da festa natalina são anteriores ao nascimento de Jesus Cristo. Os sabás comemoravam o tempo de renascimento do Sol, na mesma época do Natal. As árvores de Natal, as luzes, os enfeites nas portas e o próprio Papai Noel tiveram origem nessa tradição dos druidas. Para os esoteristas, a época é propícia para a magia.

Festa natalina é mais antiga que Jesus

A festa do Natal é muito mais antiga do que a cristandade e remonta ao tempo e religiões do paganismo. A tradicional festa do Natal contém em si uma simbologia toda alheia ao dogma cristão moderno. Inicia-se pela data: Jesus não nasceu realmente aos 25 dias de dezembro. A Igreja Católica, no Concílio de Nicéia - mais de 400 anos após o nascimento e morte de Jesus, resolveu convencionar o nascimento de Jesus nesta data.

Na antigüidade, sempre que um país ou terra era conquistado, o novo governo e a religião sempre procuravam se utilizar das datas comemorativas antigas da cultura conquistada, para evitar entrar em choques com ela e aproveitar para introduzir sutilmente uma nova crença, utilizando-se das grandes festas populares.

Desde a antigüidade a humanidade cultua os Deuses, pois o homem necessita antropomorfizar as coisas para ter um referencial sobre si mesmo. As religiões primevas surgiram do culto das fontes que saciavam as necessidades físicas básicas do ser humano. Na forma de religião havia a satisfação do espírito de um corpo já saciado. Assim cultuava-se as plantas, árvores, montanhas, a chuva, o mar.

Daí surgiu o culto ao trigo, do qual é feito o pão ázimo dos judeus (origem do cristianismo) ou a hóstia. Há também o culto da parreira e do vinho, utilizado pelos sacerdotes cristãos até hoje. Este culto antigo era quase que totalmente devoto da Mãe Natureza. Do culto à Mãe Natureza originou-se o culto aos seus ciclos (estações do ano), necessários para a agropecuária. Estes ciclos são muito bem marcados ao longo do caminho solar (do Sol), denominado "ano terrestre", na forma de equinócios e solstícios.

Normalmente é difícil questionar a origem da simbologia que acompanha estas grandes festas religiosas. O que tem a ver a figura do Papai Noel com o nascimento de Jesus? E as renas que levam o carrinho do Papai Noel para o norte? Porque o norte?

E ainda temos as tradicionais bolinhas que enfeitam as também tradicionais árvores de natal. O que tem a ver a árvore e bolas com o nascimento de Jesus, o Cristo? Será que alguém já explicou isso?

A tradição das festas religiosas vêm quase que todas do hemisfério norte. A simbologia natalina provém quase que totalmente do paganismo, de religiões tais como o druidismo e que também contém símbolos cabalísticos da tradição judaica.

Sabás invocam o renascimento do Sol no Natal

As principais festas pagãs são oito ao total no ano e seguem um determinado ciclo da natureza. Destas festas quatro são solares e quatro lunares (uma festa lunar, por exemplo é o Halloween). Elas se intercalam como numa relação sexual sagrada que gera, mantém, perdura, tira e renova a vida. As festas solares são definidas pelo movimento do Sol e dos pontos originados por seu cruzamento sobre a projeção do equador terrestre no céu, bem como pelos pontos definidos por sua maior distância dos mesmos.

Estes pontos são denominados por equinócios (quando o Sol cruza o equador celeste e os dias têm duração igual às noites); e, por solstícios (quando o Sol está mais distante do equador celeste e a duração dos dias e noites são desiguais ao máximo). Estas quatro datas do ano marcam festas comemorativas espirituais conhecidas por sabás (que nada têm a ver com os sabás negros, missas negras ou coisa do gênero).

A festa cristã do Natal foi definida para o dia 25 de dezembro, quando a data pagã de comemoração do solstício é próxima ao dia 23 de dezembro, variando em horário e até dia, de ano para ano. O Solstício de Inverno, para o hemisfério norte, ocorre sempre por vota desta data.

Druidas

A comemoração do Solstício de Inverno na tradição druídica chama-se "Alban Arthuan" (a Luz de Arthur"). Representa o tempo em que se podemos nos abrir para as forças de inspiração e concepção. É tempo de morte e renascimento. O Sol parede estar abandonando a Terra enquanto a noite mais longa chega. As palavras cerimoniais dos druidas são: "Liberte-se, oh homem/mulher, do que quer que lhe esteja impedindo o aparecimento da Luz!". O Solstício de Verão é quando a luz penetra na escuridão do mundo.

A sacerdotisa diz: "Esta é a noite do solstício, a noite mais comprida do ano. Agora, a escuridão triunfa: no entanto, recua e transforma-se em luz. O fôlego da Natureza está em suspenso: todos aguardam, enquanto dentro do caldeirão o Rei da escuridão é transformado em Criança da Luz (saída do útero para fora do corpo da mãe). Aguardamos a chegada do amanhecer, quando a grande mãe dará à luz novamente a divina criança do Sol, que é portadora da esperança e da promessa de verão... estamos todos acordados na noite. Giramos a roda para que ela traga a luz. Invocamos o Sol (Sol Invictus) do ventre da noite (vigília)...". Uma simbologia muito parecida, senão análoga, à tradição cristã.

Chifres

Na tradição da Natureza ou pagã, o Natal é data de festejar o renascimento do Sol e glorificar o deus Chifrudo. O aspecto do deus invocado nesse Sabá é por certas tradições wiccanianas a do Deus Frey, o deus escandinavo da fertilidade. Outros Deuses chifrudos são Pã ("tudo" ou cosmos, em grego) e Hernes/Cernnutos (celta). É bom ressaltar que "Sabá", nesta tradição, nada tem a ver com Satanismo.

Também no Velho Testamento os chifres são símbolo de poder divino. No Salmo 18:3 Deus é simbolizado como chifre como fonte de poder; em Êxodo 27:2 estabelece-se que deve haver chifres nos quatro cantos do altar; em Deuteronômio 33:17 fala-se acerca dos chifres de Deus; em 1 Reis fala-se dos chifres do profeta; em Salmos 132:17 coloca-se os chifres como bênção semelhando à de Davi. Em algumas bíblias ilustradas o próprio Moisés é retratado com chifres após seu contato com "Deus".

O deus Chifrudo é integrado com a Natureza. Nos tempos antigos, o Solstício de Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade e a vários ritos de adoração ao Sol.

Natal equivale ao Solstício de Verão para o Brasil

Os druidas celebravam o princípio da escuridão

No hemisfério sul ocorre o Solstício de Verão em dezembro. Pela tradição pagã, celebra-se a festa chamada "Alban Heruin", a Luz do Litoral. É quando os druidas realizavam sua cerimônia mais complexa. Eles faziam uma vigília durante toda a noite, a partir da meia-noite da véspera do solstício, sentados ao redor da fogueira do solstício.

A noite acaba numa questão de horas (é a menor noite do ano) e, quando a luz irrompe, a Cerimônia da Aurora marca a hora do nascer do Sol no seu dia mais poderoso. Ao meio-dia outra cerimônia era realizada. Era celebrada em "Stonehenge".

Alban Heruin está no Sul, é tempo da expressão quando podemos nos abrir para realizar nossos sonhos e trabalharmos na arena do mundo exterior. Simboliza o poder do Sol. Em certas tradições wiccanianas o Solstício de Verão chama-se "Litah" e simboliza o término do reinado do ano crescente do Rei do Carvalho, que é, então substituído pelo seu sucessor, o Rei do Azevinho do ano decrescente.

Papai Noel

Estes reis são gêmeos, um é claro e outro escuro e cada qual é o "eu" do outro. São rivais quanto aos favores da grande Deusa. A verdadeira origem do Papai Noel é o Rei do Azevinho (verde, com frutas vermelhas, enquanto todas as outras plantas estão sem frutos) e não o bispo de Mira do século IV.

É um dia mágico, adequado para a colheita das ervas mágicas, para as adivinhações, os rituais de cura. Todas as formas de magia são extremamente potentes na véspera do Solstício de Verão.

A partida da luz

Nesta cerimônia do Solstício de Verão a sacerdotisa diz: "Este é o tempo da rosa, florescência e espinho, fragrância e sangue. Agora, neste dia mais longo a luz triunfa e, no entanto, começa a declinar para a escuridão. O Rei Sol amadurecido abraça a Rainha do Verão no amor que é morte, pois ele é tão completo que tudo se dissolve na única canção de êxtase que move os mundos. Portanto, o Senhor da Luz morre para si mesmo e navega através dos mares misteriosos do tempo, buscando a ilha da luz que é o renascimento. Giramos a roda e partilhamos seu destino, pois plantamos as sementes de nossas próprias transformações e, a fim de crescermos, devemos aceitar até mesmo a partida do sol..."

Celebração pode ser feita em casa


A tradição do hemisfério norte pode ser seguida por qualquer pessoa no Brasil. Quem quiser celebrar a festa do Solstício de Inverno neste Natal, deve decorar a árvore, pendurar o visco e queimar o azevinho em ramos de carvalho.

Também é preciso decorar o altar com visco e azevinho. Pode-se dizer as palavras do druida e da sacerdotisa (já citados na matéria). O incenso pode ser feito de louro, cedro, pinho e alecrim. As velas podem ser douradas, verdes, vermelhas e brancas. As pedras indicadas para se levar no corpo e no altar são o olho-de-gato e o rubi.

Quem preferir adequar a celebração ao clima tropical celebrando o Solstício de Verão, deve se alimentar com vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel. O incenso é feito de olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia. As velas podem ter cores azul e verde. As pedras são todas as verdes.

O altar é decorado com rosas e flores de verão. É preciso colocar no altar uma figura de Deus feita de paus entrelaçados com um pão dentro dele (envolto em papel alumínio). Pode-se repetir o que a sacerdotisa diz (leia acima). Dançar com a figura de Deus e meditar ao ver as flores murcharem e queimarem. Depois tirar o pão de dentro e imaginar a força do que se queimou interiorizando-se no pão.

Símbolos natalinos surgiram com druidas

A maioria dos símbolos do Natal têm origem nos druidas, os sacerdotes dos celtas. O termo druida significa "carvalho", mas também mago e encantamento. Eles eram sábios especialistas em medicina natural e filosofia.

As velas que usamos na festa do Natal, por exemplo, são a simplificação das antigas fogueiras. A festa de 25 de dezembro é celebrada por definição, graças à proximidade com o dia 22/23. O Papai Noel é representado morando no Hemisfério Norte pois é simbolizado no Norte o tempo do frio, da noite e da morte em geral. Também e no norte que fia "posicionado" o reino dos gnomos - elementais da terra que aparecem ajudando o Papai Noel de forma oculta. As renas também eram cultuadas pelos druidas.

Missa do Galo


A tradicional Missa do Galo cristã também segue a tradição da cerimônia pagã. O galo é um animal sagrado para os ciganos e há quem diga que eles são um ramo perdido dos atlantes e que os druidas/celtas são outro ramo de atlantes sacerdotes. O galo é quem diz: "Eu sou aquele que canta o raiar de um novo dia, de uma nova esperança, de uma nova vida!", em uma clara alusão ao Sol como deus e origem da vida.

Também o costume dependurar nas portas os enfeites de vegetais tem a ver com a tradição celta de pendurar visco sobre a porta, que era considerado extremamente mágico e conferia poderes a quem o usasse na data do solstício. Os druidas cultuavam as árvores, daí a origem da Árvore de Natal.

Uma contribuição judaica


Outra relação é com a Árvore da Vida cabalística e seus Sefirotes (esferas, bolas). As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua, das estrelas, dos anjos cabalísticos, como aparecem na Árvore Cósmica da Vida. A Árvore de Natal é geralmente encimada por uma estrela de cinco pontas. Trata-se do símbolo mágico e cabalístico do pentagrama, o homem cósmico, o adan-cadmon, o domínio dos cinco elementos. É a expressão máxima da magia.

Papai Noel tem uma relação direta com o Pai (Deus) em sua versão Noel. El é o sufixo hebraico que designa a maioria dos anjos e é relativo à séfira Hesed (Misericórdia). Esta séfira abriga o coro angélico das Dominações e as cores jupiterianas (violeta, púrpura) a dominam. As vestes do Papai Noel é toda nestas cores e em dourado, cor da verdade e do espírito. "EL" é o aspecto de Deus da justiça pacífica e , da virtude e da misericórdia. Ele distribui "presentes" e liberdade aos que merecem e até aos que não merecem. Ele assiste nos assuntos relacionados com os assuntos religiosos. Em hebraico "No" (de Noel) é formado por N + O, que valem 14 e 6 respectivamente, "A Temperança" e "Os Enamorados" respectivamente no Tarô (no Tarô cada arcano maior corresponde à uma letra hebraica). São arcanos de paz e de harmonia. É interessante observar-mos que a 14a letra hebraica e a 6a correspondem respectivamente ao signos de Escorpião e de Touro (segundo o Sefer Yetzirah, livro sagrado na Cabala). Estes signos regem, em astrologia, o Eixo do Prazer, da segurança e do bem estar no mundo da matéria. São os responsáveis pela distribuição da saúde, do dinheiro, dos bens materiais e do prazer sexual e sensorial. Somando-se 14 + 6 resulta 20, o arcano "A Ressurreição" que nos traz um momento de reflexão sobre o que se foi para se aproveitar o melhor do passado em prol de um futuro melhor. Neste arcano as coisas boas do passado podem ser a "matéria prima" para um futuro melhor.

As luzes e os enfeites da Árvore de Natal representam também as almas dos que já partiram e que são lembrados no final do ano, segundo o xamanismo.

Agradecimento

sábado, dezembro 20, 2008

Meu primeiro convidado!





Quero deixar registrado o meu primeiro convite para alguém visitar meu blog, este foi para meu querido amigo José Carlos Manzano, um ser lindo de alma linda!!

sexta-feira, novembro 28, 2008

sábado, novembro 22, 2008

A gravidez da Amizade



A Gravidez da Amizade

Toda amizade é uma história particular.

É uma história de conquistas.
Primeiro, descobre-se o outro.
Todo mundo parece igual, mas não é.
E é justamente essa coisinha diferente em cada um que torna cada pessoa única.
E de repente ali está a sementinha da amizade fecunda.
A gestação começa.

São pedacinhos de nós que vão ficando nas conversas e pedacinhos do coração do outro que vão caminhando pra dentro da gente.
Há os risos e os sorrisos, a partilha de coisas simples ou de coisas importantes.
As descobertas, cheias de surpresas muitas vezes.
A voz calada que pensa, não diz nada... adivinha!

Fazemos idéia imediata de uma pessoa ao primeiro contato. Julgamos?
Talvez.
E só os próximos dias, horas ou instantes vão nos dizer se julgamos certo.
Acontece de nos termos enganado em certos pontos e quantas vezes não bendizemos isso!
Claro que ninguém gosta de estar enganado.

Mas quando descobrimos um palhacinho por detrás de uma pessoa séria e reservada é maravilhoso saber que pudemos nos enganar.
Se todos os enganos fossem assim abençoados!...

A sensibilidade do outro nos toca.
Dá até vontade de chorar.

Não sabemos direito o porque de nos sentirmos próximos de alguém assim tão longe, tão diferente e tão igual.
Mas amizade, como o amor, não se questiona.

Vive-se.
Dela e para Ela.
É preciso dar tempo ao tempo para se saber cativar e ser cativado.
Quando saímos às pressas sempre temos o risco de deixar alguma coisa esquecida.

Mas se tomamos o tempo de olhar bem, refletir, conversar... e rir e brincar e ficar em silêncio!...
Se deixamos que essa flor nasça cuidadosa e docemente... aos poucos ela vai vendo a luz do dia.
Maravilhando-se.
Contemplando o outro com novos olhos, ou nova maneira de olhar.
Tudo vira encanto!

Que o outro ria de mim ou para mim, mas que ria! Gargalhe, faça festa!...
Que eu seja nem que seja por um pouco responsável por esse rosto iluminado, por essa vontade de viver e de ver o que virá depois.
Sem prazo, sem tempo, sem hora marcada!

Bendita seja essa amizade, prova de que Deus se faz conhecer através das pessoas que alcançam nosso coração.

(Letícia Thompson)

sábado, novembro 01, 2008

Así oraba Gandhi


Así oraba Gandhi

SEÑOR,

Ayúdame a decir la verdad delante de los fuertes
y a no decir mentiras para ganarme el aplauso de los débiles.
Si me das fortuna, no me quites la razón.
Si me das éxito, no me quites la humildad.
Si me das humildad, no me quites la dignidad.
Ayúdame siempre a ver la otra cara de la medalla,
no me dejes inculpar de traición a los demás por no pensar
igual que yo.
Enséñame a querer a la gente como a ti mismo y a no juzgarme como a los demás.
No me dejes caer en el orgullo si triunfo, ni en la desesperación
si fracaso.
Mas bien, recuérdame que el fracaso es la experiencia que precede al triunfo.

Gandhi

sexta-feira, outubro 31, 2008

Beltane


Beltane – Os Amantes se Enlaçam

1º de maio no hemisfério Norte
31 de outubro no hemisfério Sul

Beltane é uma antiga festa gaélica que se celebra em 1 de maio no hemisfério norte. Seu nome deriva do irlandês "Beáltaine" ou do escocês gaélico "Bealtuinn", ambos procedentes da antiga palavra irlandesa "Beltene", que significa "fogo brilhante". Outros nomes pela qual essa festividade é conhecida são: Mayday, Walburga, Glan Mai, Shenn da Boaldyn, Bealtinne, Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien, Beltein. Entre tribos da Gália meridional, se aponta o nome de Giamonia, derivado do mês do calendário de Coligny, Giamonios.
Beltane ocorre no pico da Primavera. Este é o momento do ano em que a Terra se aquece no gentil abraço de calor do Sol e o Inverno é oficialmente e, finalmente, deixado para trás.
Beltane ocorre no dia 1º de maio no hemisfério Norte e no dia 31 de outubro no hemisfério Sul.
O Sol está rapidamente se aproximando do seu apogeu, que ocorre em Litha, e o seu calor ajuda as plantas e sementes a serem fertilizadas. Os animais brincam e se acasalam.
A Deusa e o Deus agora estão em plena vitalidade e amam-se com toda intensidade. O Deus (o Sol) tem crescido e caminhado para sua fase adulta e a Deusa está no ápice de sua beleza e feminilidade. Eles irão consumar o seu amor. A Sua paixão é evidente em toda a vida presente na Terra.
O Sabbat Beltane marca a união da Deusa e do Deus, representando a fertilidade dos animais e as colheitas do próximo ano.
É o simbolismo da união entre os princípios masculino e feminino da criação, a união dos meios de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas. Em Beltane comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças a tudo e o retorno do Sol com toda a sua intensidade.
A palavra Beltane vem do nome do Deus céltico “Bel”, que era o senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” é uma palavra céltica que significa “fogo”. Assim, Beltane quer dizer “Fogo de Bel”.
A antiga tradição requeria que o fogo doméstico fosse apagado da casa toda nesse momento. Uma grande fogueira era feita com as nove árvores sagradas (freixo, bétula, teixo, aveleira, sorveira, salgueiro, pinheiro, espinheiro e carvalho) e então acesa pelos Druidas, sem o suo de pederneira ou aço, ao nascer da Lua, dando-se início à comemoração do Sabbat.
Entre os primeiros povos Pagãos era costume pular a fogueira da Beltane para se livrar de doenças e energias negativas, assegurar bons partos e pedir as bênçãos dos Deuses da fecundidade.
Cada família levava brasas desse fogo para sua casa. Isso simboliza a renovação da vida depois do Inverno frio. Levando as brasas do fogo sagrado e reacendendo o fogo doméstico, as pessoas compartilhavam do divino, representando uma bênção de esperança para um Verão próspero e fértil, com uma colheita abundante.
Beltane é o tempo de celebrar a vida em todas as formas. É o momento de dar boas-vindas ao Verão, momento de equilíbrio, no qual nos despedimos das chuvas, e as colinas e vegetações atingem tons dourados.
Entre os povos da Europa, os gados, que tinham ficado presos durante todo o Inverno, eram soltos nos pastos em Beltane, a festa que confirmava a promessa da Primavera e o aumento da luz do Sol.

terça-feira, outubro 28, 2008

Blogando e Aprendendo


Blogando e Aprendendo
Rosana Hermann

Muitos obstetras nunca pariram. Os do sexo masculino, por exemplo.
Muitas obstetras nunca pariram. As que ainda não tiveram filhos e as que não vão mais ter.
Não é preciso parir para saber fazer um parto.
Não é condição sine qua non.
Sim, você pode fazer partos sem ter parido.

Um médico pode ser obeso e receitar dieta.
Existem muitos médicos que são gordos. Mesmo sabendo como emagrecer.
A dona de uma das clínicas mais famosas, que faz lipo em todo mundo, é gorda.
Um endocrinologista pode ser gordo.

Para apontar erros alheios não é preciso ser perfeito.
Você pode errar e, ainda assim, ter olhos para ver os erros que os outros cometem.
Não existe relação entre a percepção e a perfeição.


Um blog pode ser coletivo, individual, pode ser de um profissional, de um amador.
Um blog pode ter um só zelador.
Um blog pode não ter revisor, nem redação, nem editor.
Um blog não é um jornal.

Um blog pode errar, mas não deve.
Um jornal pode errar, mas não deve.
Ambos devem corrigir seus erros.

Devemos aprender com os erros, minimizá-los e lidar com eles.
A forma de lidar com os erros fala muito sobre o que somos.

Tem gente que erra e jamais admite que errou. São os orgulhosos.
Tem gente que erra e finge que não errou. São os dissimulados.
Tem gente que erra e mente que acertou. São os problemáticos.
Tem gente que erra mas não admite que o outro erre. São os intolerantes.
Tem gente que erra e justifica-se apontando erros dos outros. São os inseguros.
Tem gente que erra pouco e, por isso, humilha os que erram muito. São os arrogantes.
Tem gente que erra, não aprende e não quer ser corrigido. São os insuportáveis.
Tem gente que erra e fica com ódio de quem aponta seus erros. São os infelizes.
Tem gente que erra e empurra a culpa para os outros. Fuja desses.

quarta-feira, setembro 10, 2008

AMADURECIMENTO


AMADURECIMENTO
* Mário Quintana*

Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando - a vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar. Mas uma coisa parece estar sempre presente.
A busca pela felicidade com o amor da sua vida.
Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar? E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele (a)"?
Como diz o meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua de mel e, de repente PLAFT!
Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos a luta e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira.
Sem falar na diversidade que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som.
Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você gosta (ou acha que gosta), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!!!!

segunda-feira, julho 21, 2008

quinta-feira, julho 17, 2008

Brilho

17 de julho


Nunca tive outra idade senão a do coração.
(Ninon Lenclos)

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.Carlos (Drummond de Andrade)

O que me faz amar um homem




Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.

É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.

Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.

Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.

Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.

Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisantes e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir.

Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.

Simples assim.



Ailin Aleixo

quinta-feira, julho 10, 2008

quarta-feira, junho 25, 2008

Te busquei...

(Vera Perdigão)

Busquei na alma dos seres
que por mim passaram.
Busquei em todas as sombras
onde senti que poderias estar.
Fui ao infinito,
atravessei o meu universo interior.
Vi a luz e a escuridão,
vi sonhos, fantasias e dores.
Onde estavas?
Por que não te encontrei?
Eu sentia desde a eternidade que me esperavas.
Sentia que no mundo dos sonhos
Tu estavas!
Quando me chamavas não te via, mas te sentia...
Quando a tristeza e a solidão estavam em minh'alma
Teu clamor encontrou-me adormecida
Despertei...
Te busque, te vi...
Não percebi, mas te busquei...
Só minh'alma sabia o quanto te queria.
E nesta busca eu estava me perdendo...
Quando morriam as esperanças,
Tu me achaste... Eu te achei...
Nesta ânsia de viver,
Nesta alquimia espiritual,
Estava escrito nas estrelas,
Me amastes!... Te amei!...

segunda-feira, junho 23, 2008

Pessoa Idosas e Pessoas Velhas.



IDOSA é a pessoa que tem muita Idade;
Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degeneração das células; a velhice causa degeneração do espírito.
Por isso, nem todo idoso é velho e há velho que nem chegou a ser idoso.
O mesmo ocorre com as coisas: há coisas que são idosas (antigas) e há coisas que são velhas.
Um vaso da dinastia Ming (1368-1644) pode ser uma antigüidade, uma relíquia que não tem preço; um outro de apenas 50 anos ou menos, pode ser um vaso velho a ser relegado a um depósito.
Você é idoso quando pergunta se vale a pena; você é velho, quando sem pensar responde que não.
Você é idoso quando sonha; você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes ou de alguma forma se exercita; você é velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente AMOR; você é velho quando só sente ciúmes e possessividade.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada; você é idoso quando seu calendário tem amanhãs; você é velho quando seu calendário só tem ontens.
Idosa é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência; ela é uma porta entre o passado e o futuro e é no presente que os dois se encontram.
O velho é aquele que tem carregado o peso dos anos; que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite o pessimismo e a desilusão.
Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, pois lá existe um fosso que o separa do presente, pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa, o velho se acaba a cada noite que termina, pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos, o velho tem saudades.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos; o velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e prenhe de esperança.
Para ele o tempo passa rápido e a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vidinha e suas horas se arrastam, destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias, porque foram vincadas pela amargura.
Em suma, o idoso e o velho são duas pessoas que até podem ter, no cartório, a mesma idade cronológica, mas o que têm são idade diferentes no coração.


Jorge José de Jesus Ricardo (Jocardo)

quinta-feira, junho 12, 2008

NÃO BASTA SER NAMORADO


NÃO BASTA SER NAMORADO
*Silvana Duboc*



*Era uma vez um homem que tinha uma floricultura e alguém que vivia por entre flores, só podia entender muito de amor.Verdade, ele entendia! Tinha histórias muito interessantes para contar. Às vezes, eu criança ainda, passava por lá e se o encontrava desocupado, sempre parava para ouvir algumas delas.

Desde pequena, eu já percebia que aquele homem era um sábio em se tratando de amor e isso me anestesiava quando eu ouvia as histórias que ele vivenciara. Mas de todas que ele me contou, houve uma que eu nunca esqueci e vou contá-la para vocês exatamente como ele me contou.

"Pequena (ele me chamava assim), o amor não precisa ser dito, ele é sentido; e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma formas reais, deixa de ser abstrato." Eu pouco pude entender isso naquela ocasião, mas tive vontade de ver o amor com meus próprios olhos; tive curiosidade de saber se ele era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade.Bem... mas vamos à história.

Era dia dos namorados, um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe:

- Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores.
- E que tipo de flores você quer?
- Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí.
- Está certo.

Então tome o cartãozinho para você escrever

- Não tem necessidade, é para minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu.
- Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria.
- Não posso, estou com muita pressa! Vou levar meu carro para lavar.

Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando..."Coitada dessa moça!"



Algumas horas depois, um outro rapaz entrou na sua loja.

- Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém. Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura.
- Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha?
- Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão porque tenho certeza que o senhor entende bem disso.- Será um prazer! É sua namorada, não?- Não senhor... ainda não... mas isso não é importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela.
- Muito bem, concordo com você.
- Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha? Afinal, nosso amor ainda não floresceu.
- Muito bem pensado!

Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor.

- Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto escrevo o cartão.

"Meu amor, estou lhe mandando esse botão de rosa juntamente com meu carinho.A mim, não importa que você não me ame, porque apesar do meu amor ser solitário ele é verdadeiro e sendo verdadeiro, confio que um dia poderá viver acompanhado do seu. Não tenho pressa, amor de verdade não tem pressa, amor de verdade não escraviza, nem exige, apenas se importa em doar. Um feliz dia dos namorados ao lado de quem você amar.

Um beijo!"

Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe:

- Leia por favor e me dê a sua opinião.
- Perfeito, gostei muito; só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu de assiná-lo.
- Não esqueci, não... É que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu.
Nesse momento eu só pretendo que ela sinta quem sou eu.

O senhor sorriu e disse-lhe:
-Muito bem, meu filho, torço por você!

Passaram-se os dias, os meses e um novo dia dos namorados chegou e novamente o primeiro rapaz voltou a loja.

- Bom dia, senhor, lembra-se de mim?
- Lembro, sim, e então, como vai o namoro?
- Ih...o senhor nem imagina! Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra.
- Mas ela não lhe deu nenhuma explicação?
- Ah! deu sim... uma explicação que eu não entendi. Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa. O senhor entende, não é?Bobagens de mulher.
- Entendo sim... quem não entendeu foi você!



Não adianta um casal apenas sorrir juntos; eles precisam sorrir das mesmas coisas.
Não adianta apenas caminhar juntos; tem que ser na mesma direção.
Não adianta apenas mandar flores; é crucial que elas cheguem ao seu destino com o perfume.
Não adianta se fazer presente apenas de corpo; é de suma importância que a alma e o coração estejam presentes também.

NÃO BASTA SER NAMORADO É PRECISO ESTAR ENAMORADO!!!!

Dalai Lama


Breve diálogo entre o teólogo brasileiro

Leonardo Boff e Dalai Lama.



Leonardo Boff explica:
"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos,
na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também
com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- "Santidade, qual é a melhor religião?"

Esperava que ele dissesse:
"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo."

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos
- o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta -
e afirmou:


"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus.
É aquela que te faz melhor."



Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
- "O que me faz melhor?"

Respondeu ele:
- "Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista,
taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível,
mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...
A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."



Calei, maravilhado, e até aos dias de hoje estou ruminando sua resposta
sábia e irrefutável .

Poetas del Mundo

segunda-feira, maio 12, 2008

Saudade!


Ontem, 11 de maio, foi o dia das mães...
Estou sem condições de escrever, contar como foi este dia para mim, as lembranças e a dor ainda estão me fazendo sofrer muito... Seguimos a caminhada, quem sabe mais para frente eu consiga escrever sobre a Luz que continuará sempre a iluminar a minha vida.
Minha mãe!

Uma de minhas paixões já é uma estrela...





Coisas que a vida ensina depois dos 40

Arthur da Távola

Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

© Artur da Távola

- Paulo Alberto Monteiro de Barros -

* Nascido no dia 3 de janeiro de 1936
* Falecido no dia 9 de maio de 2008

quinta-feira, maio 08, 2008

SINAIS DE MATURIDADE





Fátima Irene Pinto

A gente não sabe ao certo quando ela chega nem como ela se instala - talvez porque seja de forma lenta e quase imperceptível - mas de repente a gente se dá conta da prazerosa sensação da maturidade.

A pessoa madura sente-se mais livre para expressar pensamentos e sentimentos, dizer a sua verdade calma e mansamente. Muitas vezes opta por não dizer nada ainda que esperem que ela diga, e isto não lhe causa nenhuma culpa ou constrangimento.

A pessoa madura sente-se contente consigo mesma, valoriza o longo trajeto já percorrido e verifica que tanto as vitórias quanto as derrotas foram necessárias para o seu crescimento e plenitude.

Não se desespera quando a vida parece dar uma longa pausa e aguarda com serenidade e otimismo as novas circunstâncias ainda não configuradas no cenário de sua existência.
A pessoa madura decididamente não faz tipo e se liberta de vez da idéia: mas o que vão pensar de mim?? Aprende a distinguir valores essenciais dos valores supérfluos e descartáveis. Sabe que esta passagem pela terra é rápida demais para ser desperdiçada com mazelas.

Os sonhos, projetos e ideais de uma pessoa madura são quase sempre exequíveis. Contenta-se com o que tem, ajusta-se dentro do próprio orçamento, não gasta mais do que ganha e faz algumas renúncias (de forma serena) em prol de seu núcleo familiar ou de alguma causa que resulte no bem comum.

A pessoa madura se despoja dos melindres, se despe dos preconceitos, deixa de ser reativa para ser pró-ativa. Aprende a gostar da própria companhia, torna-se a melhor amiga de si mesma dando ao próprio "eu" os contornos do equilíbrio.

Conhece seus pontos fortes e fracos, sabe que não tem todas as respostas nem é dona da verdade mas mantêm um código secreto de verdades e valores próprios que lhe permitem nortear-se, de forma positiva, pelas diversas circunstâncias da vida.

A pessoa madura não aparenta ser. Ela é! Ela é alguém que fez um "clean-up", passou o "desfragmentador" no seu "disco rígido" e deu "del" em centenas de arquivos inúteis que atravancavam e emperravam o livre fluxo da própria existência.

Ela é alguém que está em paz consigo mesma.

Vida


A vida
Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo mais feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho..me agacho..fico ali"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro,
Por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mamãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi um pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma para sempre.

(autor??)

terça-feira, abril 29, 2008

quinta-feira, abril 10, 2008

Estamos com fome de amor



Estamos com Fome de Amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar:

'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.

Pretensiosamente, digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!'

Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?

Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele.
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

© ARNALDO JABOUR


domingo, fevereiro 10, 2008

Charles Chaplin


Preciso de alguém


Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado, sem precisar ser convocado.
Alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: - A vida!
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de alguém que receba com gratidão o meu auxílio e a minha mão estendida.
Mesmo que isso seja muito pouco para as suas necessidades.
Preciso de alguém que também seja companheiro nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias e que, no meio da tempestade, grite em coro comigo:
- \"Nós ainda vamos rir muito disso tudo\".
E ria muito .
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher quem deve participar da minha vida.
E nessa busca, empenho a minha própria alma, pois com alguém verdadeiro, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela ...

Charles Chaplin

Barry Manilow

terça-feira, janeiro 29, 2008

*Interrompendo buscas*



Interrompendo as Buscas

Marta medeiros


ASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz:

"Nenhuma pessoa é lugar de repouso".

Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é.

Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida.

É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento.

Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso.

Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco.

Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar.

Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta.

Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes.

Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca. Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões.

Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas ¿ sexuais, afetivas e intelectuais.

Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida.

Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência.

Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada.

Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.

Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade.

Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si.

Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso? Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro.

Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções.

Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento.

Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua.

Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é.

Mas também, vá saber, pode ser amor.