quinta-feira, janeiro 01, 2009

Obrigada Amigo (a)! Virtual?!


Obrigado por estares no caminho comigo,
por tocares carinhosamente minha alma
com momentos de imensa alegria e felicidade.

Obrigado por teres ajudado a acalentar
meus sonhos, fantasiar meus anseios,
por acreditar neles e por me despertares de pesadelos...


Obrigado pelas palavras carinhosas que me
fizeram sentir tão amada, pelas palavras severas
que me fizeram senti mais amada...

Obrigado por teres levado minha alma para passear,
mostrando-me a beleza dos mares, céus, flores,
jardins, campos, matas, montanhas e cidades...

Obrigada por vires comigo neste delicioso
“dar asas a imaginação”.

Obrigada pelas horas deliciosas
quando me convidastes a assistir espetáculos,
shows, filmes, humores e amores.
Pelas musicas que me enlevaram a alma,
Fazendo-me dançar como menina e amar como mulher.

Obrigada por deixar que eu entrasse
em teu coração e falasse para tua alma,
De minhas dores, saudades, tristezas e amores.


Obrigada pelos beijos que dei e recebi...
Pelos abraços intensos que trocamos e que senti...
E como senti!

Obrigada pelo convite a um bom cafezinho
em casa ou na esquina.
Pelas longas e boas prosas,
pelas confidências e pelas ousadias.

Obrigada por teu tempo, teu sentimento...
A vida é feita de momentos e foram felizes
os que eu vivi aqui contigo.

Obrigada por fazer meus olhos brilharem de emoção,
de saudade, de tristeza e alegria...
Obrigada pelos combinados de encontros
e re-encontros...

Obrigada por tua ternura que me dá a esperança
de um dia poder ser quem tu imaginas que eu sou.

Obrigada pelo bom humor,
pelas brincadeiras,
trocadinhos e sátiras que
tão saudável e infantilmente trocamos.

Obrigada também por todas as lágrimas que
aqui deixei cair...
Olhando, lendo e sentindo os recados
que me enviastes dos céus...


Obrigada por este sentimento de amizade linda
que me faz crer que o amor transcende a vida
e a morte e me faz cada vez mais crer na eternidade.

Obrigada por abrandar minha carência,
fraqueza e insegurança, por perdoar meus inúmeros
erros e por eles peço mil vezes perdão!



Obrigada Amigo (a)!
Pela vontade humilde de olhar nos teus olhos e dizer,
Amigo (a) obrigada!

(vera perdigão)

Envelhecer, cheguei à conclusão:É UMA DÁDIVA !


Atualmente, é provável que, pela primeira vez
em minha vida,sinta-me como a pessoa que sempre
quis ser.

Não, não me refiro ao meu corpo, diante do qual
às vezes me desespero, frente às rugas,
aos olhos empapuçados, ao traseiro flácido.

E, com freqüência, volto ao passado, quando
vislumbro aquele antigo vulto em meu espelho
(que se assemelha à minha mãe !,mas estes
sentimentos já não me fazem sofrer mais:
são passageiros.

Nunca trocaria os meus amigos incríveis,
minha vida maravilhosa, minha família adorada,
por cabelos menos grisalhos ou uma barriga
menos proeminente.

Conforme envelheci, tornei-me mais amável e menos
crítico comigo mesmo. Tornei-me o meu melhor amigo.

Não me recrimino por ter saboreado aquele docinho
a mais,por não ter feito a minha cama, ao acordar,
ou por ter comprado aquele enfeite tolo que não
precisava, mas que dá um toque de modernidade
ao meu jardim.

A minha idade me permite ser excêntrico,
a manter tudo fora de ordem, posso ser
extravagante.

Testemunhei a partida precoce deste mundo de
muitos amigos queridos;e eles não puderam
vivenciar plenamente a liberdade grandiosa
implícita no envelhecer.

Qual é o problema, se eu decidir ler ou ficar
ao computador até as quatro da manhã,
e acordar somente ao meio-dia ?

Serei meu próprio parceiro na dança,ao ritmo
dos sucessos inesquecíveis dos anos 60 e 70,
e se, ao mesmo tempo, quiser chorar por um
amor perdido... posso fazê-lo

Caminharei pela praia com um traje de banho colado
ao meu corpo obeso, e mergulharei no mar
despreocupadamente, se assim desejar,
apesar dos olhares críticos das pessoas mais jovens.
Elas também vão envelhecer.

Sei que algumas vezes me esqueço de algumas coisas.
No entanto repito: é melhor que nos esqueçamos
de alguns episódios a vida.
Algumas vezes, recordo-me de coisas importantes.

Com o passar dos anos, é claro, também sofri desilusões.
Como não sentir a perda de uma pessoa amada,
ou manter-se indiferente diante do sofrimento
de uma criança, ou até mesmo quando o bichinho
de estimação de alguém é atropelado por um carro ?

Na verdade, ter o coração ferido,
é o que nos dá força, discernimento e compaixão.
Um coração que nunca foi ferido, é duro, estéril,
nunca sentirá a alegria da imperfeição.

Sou, portanto, abençoado por ter vivido tanto,
o que me permitiu ver meus cabelos grisalhos,
e ter as marcas de minha juventude,
para sempre gravadas nas profundas
rugas de meu rosto.
Muitos nunca riram, outros morreram antes de
terem seus cabelos grisalhos.

Conforme envelhecemos, é mais fácil sermos
otimistas. Nos preocupamos menos com o que
pensam as outras pessoas.
Não nos policiamos mais.
Temos, até mesmo, o direito de estar errados.

Portanto, gosto de ser idoso.
Isto me libertou.
Gosto da pessoa na qual me tornei.

Não vou viver para sempre, mas enquanto ainda
estiver por aqui, não desperdiçarei tempo
lamentando o que poderia ter sido, nem me
preocupando com o futuro.
Posso agora comer todas as sobremesas que quiser,
todos os dias (se estiver com vontade).