domingo, agosto 18, 2013

Nam Myoho Renge Kyo



"NAM
Nam, contração de Namu, que deriva do sânscrito NAMAS, significa "devotar" ou a relação perfeita da vida da pessoa com a verdade eterna. Ou seja, dedicar a própria vida ou relacionar-se com a verdade eterna da vida. Também significa acumular infinita energia através desta fonte e tomar atitudes positivas aliviando o sofrimento dos outros.

MYOHO
Myoho literalmente significa Lei Mística.
Myo significa "místico", mas elimina qualquer sombra de milagre. É assim chamado porque o mistério da vida é de inimaginável profundidade por tanto está além da compreensão do homem.

Ho significa "lei". A intrínseca natureza da vida é tão mística e profunda, que transcende o âmbito de conhecimento humano. Por exemplo: o ser humano nasce como um bebê, cresce e torna-se um jovem, depois um idoso e por fim morre. Isso é obviamente, uma inquebrável lei regulando cada espécie de vida. Ninguém jamais pode nascer adulto ou escapar desse ciclo, por mais que deseje.

RENGUE
Rengue é a lei de causa e efeito. O budismo esclarece essa lei em todos os fenômenos do universo, e é simbolizada pela Flor de Lótus (Ren, flôr e Gue lótus, em japonês), pois produz a semente (Causa) e a flor (Efeito) simultaneamente. Uma quantidade enorme de todas as causas passadas formam o efeito da condição presente. Ao mesmo tempo, o momento presente é a causa do futuro. Assim, a vida é a continuação dos momentos combinados pela corrente de causa e efeito.

KYO
Finalmente kyo que é a tradução do sânscrito Sutra, significando ensino, o ensinamento do Buda, que é eterno. Também é a função e influência da vida, assim como a transformação do destino, simbolizando a continuidade da vida através do passado presente e futuro.

Saddharma Pundarika Sutra é título original do Sutra de Lótus em Sânscrito
Ele foi traduzido no ano 406 por Kumārajīva recebendo em chines o nome de Myoho-Rengue-Kyo
Onde Sad se torna Myo,
Dharma, vira Ho
Pundarika, que é flor de lotus, vira Rengue
E Sutra, que é ensino passa a ser Kyo.


Nitiren Daishonin nos aponta o ensino que contém o caminho para a iluminação, essa frase que recitamos diariamente, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo, que numa tradução livre seria o algo como: Devotar-se ao Sutra de Lótus, ou Devotar-se à Lei Mística da Causa e Efeito (exposta pelo Buda no Sutra de Lótus ).

O Nam-Myoho-Rengue-Kyo cobre todas as leis, toda a matéria e todas as formas de vida existentes no Universo. em outras palavras, é a vida do Buda que alcançou a suprema Iluminação. Se expandirmos ao espaço ilimitado, é idêntica à vida do Universo, e se condensarmos ao espaço limitado, é igual a vida individual dos seres humanos.

A natureza de Buda está exatamente dentro de cada um de nós. É o Nam-Myoho-Rengue-Kyo. Quando entoamos o Daimoku a natureza de Buda dormente dentro das nossas vidas é convocada. Invocado deste modo, o que desperta é o Buda. Quando um pássaro numa gaiola canta, os pássaros voando no céu vêm para baixo. Quando os outros pássaros se reúnem ao redor, o pássaro engaiolado tentará escapar. Do mesmo modo se recitarmos a Lei Mística, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo em voz alta, a natureza de Buda se revela e se alegra e nos acompanha. Se praticarmos corretamente, não haverá beco sem saída na vida. Uma vez que nos baseamos na Lei Mística, podemos definitivamente transformar as nossas vidas para o melhor e ultrapassaremos qualquer impasse. Em qualquer situação, seguir essa lei absoluta com fé absoluta é, na verdade a base da nossa prática.
Nam-Myoho-Rengue-Kyo!" 


Todos os dias, alguém me pergunta o que é ser uma bruxa.
 Esta é uma pergunta fácil e difícil de explicar. 
Uma bruxa é, antes de tudo, alguém que está em contato
com energias sutis. 

Olhamos ao nosso redor e vemos mais
do que matéria.

 Vemos o íntimo, o Espírito das coisas nas coisas. 
 E trabalhamos com este espírito.
Se você olhar a seu redor, verá que tudo se compõe de uma
troca de energias entre você e o seu ambiente.

 A física nos coloca que o Universo inteiro é composto de energia.
Essa energia possui frequências diferenciadas. 
Da mesma forma que a luz pode se decompor em cores, a energia básica
do Universo se fragmenta em diversas manifestações físicas e
mentais.

Na origem da criação, no momento primeiro do Big
Bang, existiam apenas algumas formas básicas de partículas
que foram se diversificando e formam hoje tudo o que você vê,
e até o que você não vê.

Os átomos que compõem tudo o que existe daqui ao infinito
são partículas fundamentais que  se atraem ou se repelem.
E a força que faz com que esta atração ou rejeição aconteça
é uma energia que ninguém ainda conseguiu definir. Alguns
chamam de Acaso, outros de Deus, outros simplesmente de
Universo. 

Qualquer que seja a imagem que o Homem crie
para definir esta Força, nós bruxas acreditamos que existe
uma vontade de fazer com que as partículas se agreguem ou
desagreguem.

 Esta ideia permeia um princípio básico da
Magia: o princípio de que tudo o que ocorre possuiu uma
Vontade em sua base.

Outro dado é que a Física hoje já trabalha com a hipótese
de que o observador altera o comportamento do objeto
observado. E o que para os físicos é novidade, para nós,
bruxas, é algo antigo e comprovado.

Em síntese, a Magia consiste em trabalhar em estado
 alterado de consciência para entrar em contado com
as Energias Básicas por trás das coisas; e manipular
sua manifestação de acordo com a Vontade Maior do
Universo, em sintonia com a vontade da bruxa.


Dois elementos básicos entram na composição desta
manipulação: a crença de que é possível e o desejo
 sincero de se conseguir esta manipulação. 

Dois elementos poderosos - fé e desejo - que  podem
modificar tudo que existe em você e fora de você. 


Isto é Magia. Isto é ser bruxa!


Texto por Fernanda Suhet